Considerada umas das cinco melhores cidades europeias, em quesitos como gastronomia, pontos turísticos e vida noturna, Sevilha, capital da região da Andaluzia, sul da Espanha, possui a quarta maior população do país, com cerca de 700 mil habitantes (perde apenas para
Barcelona, Madri e
Valência). Cortada pelo rio Guadalquivir, foi fundada no século XIII a.C., possivelmente pelos turdetanos (não há provas concretas sobre essa origem), de cultura miscigenada por vários povos que a
invadiram (fenícios, cartagineses, romanos, visigodos e mouros, entre outros). No centro histórico, torres, igrejas e construções multisseculares atestam a influência arquitetônica dessas civilizações na capital andaluza.
PONTOS TURÍSTICOS DE SEVILHA

El Torre del oro, um dos mais emblemáticos símbolos da cidade
Com quase três mil anos, Sevilha detém vasta e riquíssima História. Entre seus principais símbolos,
el Torreo del Oro, construída no século XII à margem esquerda do rio Guadalquivir. Ponto estratégico da muralha que protegia Sevilha de incontáveis invasores, La Torreo del oro é a sede do museu naval e um dos pontos turísticos mais emblemáticos da capital da Andaluzia.

La Giralda com a catedral de Santa Maria de Sevilha ao fundo
Outro local de visitação imperdível é a Catedral de Santa Maria de Sevilha, a maior construção gótica do gênero no mundo, joia clássica desse estilo arquitetônico, erigida a partir de 1433. Antes do acesso à nave(área interna) da igreja, você poderá visitar La Giralda (torre principal) e seus pátios floridos. Indispensável percorrer todo o interior do majestoso
templo (terceiro maior do planeta, depois da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e da Catedral anglicana de São Paulo, em Londres), onde verá o jazigo do descobridor das Américas, o genovês Cristóvão Colombo. O ‘tour’ cultural custa 8
euros (2,00 para estudantes com menos de 25 anos e trabalhadores aposentados).
Nas proximidades da Catedral de Sevilha, Los Reales Alcázares é outro monumento em seu roteiro turístico. Construído em 913, constitui um complexo palaciano com várias edificações de diferentes épocas. A sequência de ocupaçções estrangeiras implicou uma diversidade de linhas arquitetônicas nos edifícios e jardins do palácio. Los Reales serviu de fortaleza na resistência à invasão dos Vikings. Funciona, desde o fim da ditadura franquista, de quase meio século, como residência de verão do Rei Juan Carlos. O turista terá acesso aos quartos do palácio, aos jardins permanentemente floridos, aos arcos de diferentes estilos arquitetônicos e ao imenso pátio(7,50 euro).
NO PARQUE MARÍA LUISA, PLAZA DE ESPÃNA E ACERVO HISTÓRICO

Plaza de Espanha
O principal parque de Sevilha é o María Luisa, considerado pulmão verde da capital andaluza, área desmembrada do Palácio de San Telmo em 1893, por doação da infanta María Luisa Fernanda de Bourbón, e inaugurado em 1914. Próximo ao centro
urbano (de onde pode ser alcançado a pé ou bucólicas carruagens), o parque dispõe de variada flora e grande número de alamedas percorridas diariamente por visitantes de todo o mundo. Além de dois museus, destaque para as praças da Espanha e de América, além de intensa programação cultural. O museu arqueológico possui uma coleção com obras dos povos que habitaram Sevilha, do período paleolítico até a Idade Média. A entrada custa 1,50 euro.
Ainda no parque María Luisa, a Plaza de España, em particular, cuja principal edificação pode ser avistada de longe e é de tirar o fôlego. Os apreciadores do filme ‘Star Wars’ ( ‘Guerra nas Estrelas’ ) reconhecerão o cenário onde o diretor George Lucas, filmou “O ataque dos clones”.
Fundado em 1835, com obras confiscadas em monastérios, o Museu de Belas Artes, mais ao norte do Parque María Luisa, foi instalado no antigo Convento de la Merced Calzada, com obras de cerâmica, ourivesaria e mobiliário, além do segundo maior acervo da pinacoteca espanhola, depois do Museu do Prado de Madri. Entrada: 1,50 euros

Casa típica
ÁREAS MAIS BADALADAS DE SEVILHA
El Arenal, a oeste da Catedral, em outros tempos uma planície arenosa e fértil, banhada pelo rio Guadalquivir, envolve a Plaza de Toros, atualmente área ribeirinha, com teatro, a fina arte do Hospital de La Caridad e as famosas tapas, iguaria típica dos bares e restaurantes sevilhanos.
Ao sul, no supervalorizado Triana, antigo bairro cigano, marginal do Guadalquivir, expressiva concentração de bares e restaurantes. Nas ruas secundárias, a tradição arquitetônica de painéis de azulejos, de viés notadamente religioso. Entre as edificações históricas, a Igreja de Santa Ana, de 1280, paróquia mais antiga de Sevilha, os escombros do Castillo de San Jorge, sede da Inquisição a partir do século XV, e a Igreja da Virgem ‘Esperanza’ de Triana, onde são celebrados, principalmente na Semana Santa, eventos católicos tidos como os maiores do planeta.
Igrejas, destaque no centro da cidade
No centro velho de Sevilha, um aglomerado de praças e ruas de comércio. Igrejas barrocas nas vias circundantes fazem, por si só, a estonteante beleza do lugar.
O bairro de Santa Cruz não poderia ser mais romântico. Casas com fachadas brancas, varandinhas de ferro trabalhado, repletas de flores, vielas sinuosas e charmosos pátios caracterizam o histórico bairro judeu de Sevilha. Depois do passeio, a ‘boa’ é sentar-se num café e deixar o tempo correr solto.

Vista panorâmica de Sevilha
Sevilha enche os olhos e o coração do turista, por conta da profusão de monumentos históricos, praças bem cuidadas, museus, arquitetura eclética, transporte eficiente, vida noturna propícia às desejadas badalações do visitante,com bares, restaurantes e a rica gastronomia espanhola, além, claro, do Flamenco, música e dança típica da região, advinda das culturas cigana e mourisca, com influência árabe-judaica.
A capital da Andaluzia inspirou o compositor francês Georges Bizet a escrever ‘Carmen’, saga de lendária cigana que usa seus talentos de dançarina(flamenca) para enfeitiçar e seduzir vários homens, com o fim trágico da personagem-título de sua maior ópera de repercussão internacional, cuja genialidade musical só foi reconhecida vários anos após a morte prematura do autor.
Saiba mais:
Barcelona, Espanha - Turismo e pontos turísticos
Madri - Pontos turísticos e turismo
Créditos:
Matéria de Antônio Júnior com exclusividade para o site Alma Carioca
* Antônio Júnior, jornalista, é nosso correspondente na Europa.
Fotos: Miriam Arandes
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