A cidade de Lisboa com sua história e
modernidade
Capital de Portugal e principal centro socioeconômico do país, com meio milhão de habitantes, Lisboa está localizada à margem norte do rio Tejo, que deságua no oceano Atlântico. Concentrando 27% da população do país, foi fundada há mais de três milênios e é uma das mais antigas cidades europeias. Alvo de invasões
(romanos, mouros, fenícios, árabes e gregos) no curso de sua História, exibe a marca de variada influência estrangeira em sua multissecular arquitetura urbana.
Castelo de São Jorge
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O Castelo de São Jorge é um logradouro fascinante para se contemplar a multimilenar História lisboeta. Ocupado por romanos, visigodos e mouros, acabou transformado em palácio real por volta do século XIV. A vista da cidade e do Rio Tejo é deslumbrante.
Uma visita guiada é uma boa opção, para conhecer o Castelo em seus detalhes históricos. Você pode aproveitar ainda a programação de eventos artísticos e culturais ou simplesmente iniciar uma caminhada pelas ruas de Lisboa, a partir deste belo mirante. |
Alfama, o bairro mais antigo de Lisboa
Alfama é o bairro mais antigo de Lisboa, contando ainda com restaurantes típicos, boa parte deles com shows de fado,
tradicional música portuguesa. Alfama, com suas ruelas, escadarias e roupas a secar nas janelas, é peculiar, assemelhando-se a uma aldeia, onde todos se conhecem e se cumprimentam diariamente.Entre as atrações, os festejos dos santos populares, em especial Santo Antônio, na noite de 12 para 13 de junho. No terremoto de 1° de novembro de 1755, que destruiu Lisboa, a maioria dos prédios de Alfama resistiu ao sinistro.
Centro de Lisboa
A partir de Alfama, numa agradável caminhada (vale lembrar que Lisboa também é conhecida pelas ladeiras íngremes), chega-se ao centro da capital, com suas ruas e avenidas movimentadas, repletas de lojas, cafés e restaurantes. A
(rua) Augusta, com variado comércio, é ponto certo dos vendedores de castanhas assadas e flores, além do expressivo contingente de artistas a se apresentarem na via pública. Duas magníficas praças: a do
Rossio (em cujo centro se destaca uma coluna com a estátua de D. Pedro IV, o Pedro I imperador do Brasil) e a do Comércio. Interessante também uma ida à Praça da Figueira, antiga área que abrigou um grande mercado, construiído no século XIX e demolido nos anos 1950, local de variados eventos e ponto de encontro para bate-papo de lisboetas e turistas.
Praça do Comércio
A Praça do Comércio, antigo Terreiro do Paço, situa-se na Baixa de Lisboa, próxima ao rio Tejo, área, durante dois séculos, do Palácio dos Reis de Portugal.
É a maior praça da Europa, com de 36.000 metros quadrados.
Os edifícios, com arcadas que a circundam, abrigam departamentos ministeriais do governo português, além do badalado café ‘Martinho da Arcada’, o mais antigo de Lisboa e frequentado por literatos como Fernando Pessoa e José Saramago.
Praça do Rossio
Praça D Pedro IV (o Pedro I imperador do Brasil) ou ‘do Rossio’, como é popularmente conhecida, é uma das mais importantes praças de Lisboa. Foi palco de touradas, autos de fé
(nos tempos sombrios da Inquisição católica), palco de mobilizações políticas contemporâneas. Cercada por intenso comércio, tem como destaque o teatro D. Maria II. No outro extremo, uma visita imperdível ao histórico bairro do Chiado, centro, por muito tempo, do romantismo e da cultura. Entre outros símbolos aqui existentes, a estátua do poeta Camões, autor de Os Lusíadas),
o Palácio Valadares (sede da primeira universidade portuguesa), o convento do Carmo, teatros, igrejas e, entre famosos café, o ‘A Brasileira’.
Na década de 1980, com mudanças de hábitos da sociedade portuguesa e da inauguração do Centro Comercial Amoreiras, o Chiado entrou em decadência. Um incêndio de grandes proporções
(1988) destruiu grande parte de seu casario, cuja reconstrução, no curso de uma década, devolveu ao Chiado, devidamente restaurado, seu conjunto de lojas de designers, ateliers, galerias de arte, museus, restaurantes, cafés típicos e modernos, livrarias, teatros e muitas manifestações
artísticas e culturais.
Bonde do Bairro Alto

O bondinho do Bairro Alto, entre tantos outros que ainda circulam em Lisboa, é uma atração por quem visita a capital portuguesa. Chegando à avenida Liberdade, nas proximidades da praça do Rossio, no rumo de outra grande praça, a Marques de Pombal, encontramos o famoso bonde amarelo, que diariamente faz o curto, porém difícil acesso ao Bairro Alto. Em pouco mais de dois minutos de subida, um passeio inesquecível até um dos "points" da noite lisboeta, com bares e restaurantes, do mais requintado ao popular, e algumas casas de salsa. O Bairro Alto dispõe de atrativos para todos os gostos e tribos.
Torre de Belém
Um dos pontos turísticos mais procurados é a Torre de Belém. Um dos monumentos mais expressivos da histórica Lisboa, localiza-se à margem direito Tejo, acima da(hoje inexistente) praia de Belém. A Torre se destaca por implícito nacionalismo, cujas fachadas são por brasões de armas de Portugal, com inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte, arquitetura típica do Renascimento. Classificada como Patrimônio Mundial pela Unesco, desde 1983, foi eleita uma das sete maravilhas de Portugal em 7 de julho de
2007.
Próximo à Torre de Belém, o Monumento aos Descobrimentos, popularmente conhecido como Padrão dos Descobrimentos, à margem do Tejo, homenagem ao Infante Dom Henrique e outros célebres navegadores lusos, entre os quais Vasco da Gama, Fernão de Magalhães e Pedro Álvares Cabral. Indispensável visitar, nas vizinhanças, o Mosteiro dos Jerônimos, construído em arquitetura ‘manuelina’ e financiado pelos lucros auferidos com especiarias trazidas das rotas dos ‘descobrimentos’(nosso ouro, com certeza, decora a imponente nave deste monastério, local dos túmulos dos reis D. Manuel I, D. João III, D. Sebastião, D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa). É o mais notável conjunto monástico do século XVI em Portugal. Encerrando o passeio, Você chega à deliciosa Fábrica de Pastéis de Belém, fundada em 1837. A iguaria é a maior referência entre os doces portugueses, de renome internacional, conhecida no Brasil como ‘pastel de nata’. Vale a pena enfrentar a fila, com água na boca, para saborear o inigualável ‘pastel de Belém’.
Parque das Nacões
Construído para receber a Exposicão Mundial de 1998, o Parque das Nacões, tornou-se um centro de atividades culturais e um novo bairro na parte oriental de Lisboa, com cerca de 15 mil habitantes. Edificado em terreno de antiga zona industrial, o Parque das Nações abriga um shopping Center(‘Vasco da Gama’), com lojas, restaurantes, bares e escritórios empresarias. O Parque dispõe de extensa área para caminhada e corrida, emoldurada pela visão do rio Tejo e a moderna ponte estaiada Vasco da Gama, a maior da Europa, com seus 17 quilômetros. Principais atrações: Pavilhão do Conhecimento(moderno museu com mostras interativas de Ciência e Tecnologia), teleférico, Pavilhão Atlântico (destinado a shows e outros eventos de massa), a Torre Vasco da Gama(edifício mais alto da cidade) e o Oceanário, um dos maiores do continente europeu.
Sistema de transporte coletivo de Lisboa

Para facilitar a vida dos turistas, Lisboa dispõe de excelente sistema de transporte coletivo, com o
‘metro’ (o nosso metrô), em quatro linhas interligadas que conduzem o passageiro a qualquer região da capital, alem dos autocarros(nossos ônibus) antigos bondes e modernos similares elétricos. O idioma, que nos vincula aos portugueses, é, entre outras afinidades, fator preponderante para que Você, que ainda não conhece a ‘terrinha’, inclua Lisboa em seu próximo roteiro de viagem à Europa.
Créditos:
Matéria de Antônio Júnior com exclusividade para o site Alma Carioca
* Antônio Júnior, jornalista, é nosso correspondente na Europa.
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