Igreja de S�o Francisco em Niter�i

Educar e catequizar. Este era o lema dos jesu�tas, essa brava coorte de religiosos fundada por Santo Ign�cio de Loyola, ele mesmo um soldado convertido.

Organizad�ssimos, os jesu�tas impregnaram nossa nacionalidade. Basta lembrar que lhes pode ser tributada grande parte da preserva��o da unidade nacional, por conta de seu empenho na cria��o de uma l�ngua geral neste mundar�u tropical a que chegaram as caravelas de Cabral.

Por�m, mais decisiva ainda foi sua influ�ncia na hist�ria da educa��o brasileira. Durante 210 anos, esses �soldados de Cristo� comandaram a educa��o no Brasil, at� sua expuls�o, por ordem do famoso Marqu�s de Pombal.

Pondo em pr�tica a miss�o prevista em seu lema, os jesu�tas disseminaram pelas terras bras�licas os dois instrumentos de sua a��o: igrejas e escolas.

Quando se foram, os padres da Companhia de Jesus deixaram em milhares de outeiros, em pequenos lugarejos por eles mesmo fundados, ou em cidades maiores, igrejas e capelas que fizeram construir. Uma delas ali est�, quase debru�ada sobre o mar: � a Igreja de S�o Francisco.

De longe, parece uma igrejinha fr�gil, de uma fragilidade bela, com seu branco e azul bem integrado � paisagem. Mas de perto, apesar das relativamente pequenas dimens�es, mostra uma impressionante solidez, como a testemunhar o empenho e a coragem com que as casas de Deus eram constru�das, nessa guerra de coloniza��o em busca da conquista dos corpos e das almas dos gentios.

At� pouco tempo o bairro de S�o Francisco era denominado �Saco de S�o Francisco�, nome que o purismo de alguns baniu, mas que continua a ser usado pelos niteroienses zelosos de seu passado e de suas tradi��es. Esse �saco� seria, quase com certeza, o fundo da Ba�a de Guanabara. E a hist�ria da igreja come�a a�, em meados do s�culo XVII, quando foram mensuradas as �terras do saco�, onde havia, al�m da aldeia ind�gena de S�o Louren�o, a fazenda do Capit�o Mateus Antunes, mais tarde vendida aos jesu�tas.

Entre 1662 e 1696, foi constru�da a capela, cujo autor prov�vel � o arquiteto jesu�ta Louren�o Gon�alves.

Quando os jesu�tas foram expulsos, seus bens foram vendidos. A constru��o s� voltaria a ser propriedade da Igreja por ocasi�o da Proclama��o da Rep�blica.

Vemos que a hist�ria concede import�ncia �quela igrejinha. No entanto, sua majestade parece vir mesmo de sua exist�ncia, simples e bela, num lugar de onde nossa vis�o domina a praia, com as �guas parecendo formar um imenso e ind�cil tapete verde, com suas pregas do ir e vir das ondas.

Raros lugares oferecem tanta paz para a contempla��o, tanto da paisagem quanto do interior de n�s mesmos. � gostoso estar ali; deixar-se ficar, simplesmente, olhando as folhas que caem serenamente de mangueiras centen�rias; vendo barquinhos de regatas enfunando suas velas brancas, como a repetir um passado de onde se avistavam garbosas naus; ou simplesmente vendo o sol se p�r sobre a Ba�a de Guanabara, como n�o se p�e sobre nenhum outro lugar do mundo.

Vez por outra, a igrejinha se engalana. S�o os niteroienses que resolvem fazer da capela e de sua �rea externa o lugar sagrado de sua uni�o em casamento. Ent�o, a veneranda igrejinha se adapta aos tempos, e acolhe desde convivas preocupados com a pr�pria eleg�ncia e suas conven��es � cerim�nia sempre tocante da uni�o conjugal.

Santo Ign�cio de Loyola e o pr�prio S�o Francisco certamente se sentiriam � vontade nesse pequeno grande templo � beira do mar. Como neles, e em suas vidas e obras dedicadas a Deus, h� simplicidade, beleza, humildade, fortaleza voltada para o bem, louvor ao esp�rito, f�

Texto e fotos de J.Carino.

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