Infraestrutura de turismo de alto padrão, 500 km de praias e a Ilha da Magia d Florianópolis: bem-vindo a Santa Catarina.
éu azul, dunas douradas, mares transparentes, costões verdejantes. O aroma das macieiras, os vales nevados, os santuários religiosos, a gastronomia típica de diversas nacionalidades, a única escola de dança do ballet Bolshoi fora da Rússia e a primeira praia sul-americana (Jurerê Internacional) com selo de sustentabilidade. Pode suspirar. Tudo isso é Santa Catarina.
Se a praia é seu destino final, em Florianópolis suas férias estão garantidas. Só na ilha de Floripa, capital do estado, há mais de 100 delas – calmas ou badaladas, agrestes ou familiares, boas para o surf ou famosas pela observação de baleias. Armação, Campeche, Canasvieiras, Barra da Lagoa, Joaquina, Jurerê, Praia Brava, Praia Mole, Santinho e Jurerê Internacional estão entre as mais procuradas. O motivo é simples: a extensa lista de atrativos disponíveis torna esses lugares incrivelmente desejados por turistas do Brasil e do mundo.
Na ilha do Campeche, por exemplo, curiosos vestígios revelam traços da antiga civilização que habitava o Arquipélago de Santa Catarina. É a maior concentração de inscrições rupestres de todo o litoral sul do Brasil. As oficinas líticas - onde os nativos produziam, afiavam e poliam instrumentos de pedra, entre dois e cinco mil anos atrás - e os sinais gravados sobre rochas se misturam às belezas naturais. Entre os 21 sítios arqueológicos encontrados na região, um deles possui um ponto magnético que altera o comportamento das bússolas. As visitas são monitoradas e é possível praticar canoagem, mergulho livre, pesca artesanal, e nadar em cristalinas piscinas naturais do local.
Mas a beira-mar do continente não perde o encanto diante de praias enigmáticas como o Campeche. Cada pedaço de Balneário Camboriú se transforma em uma experiência para os cinco sentidos. A bordo de um colorido parapente, é possível sobrevoar a Praia dos Amores e a Praia Brava, ponto de encontro de surfistas.
Se o passeio for de escuna, dá para contornar a Ilha das Cabras e atracar na praia de Laranjeiras, onde as águas são tão límpidas a ponto de deixar os peixes à mostra ao redor da embarcação. O charme da culinária regional e a sofisticação da gastronomia internacional estão reunidos em restaurantes finos, casas de iguarias típicas, estabelecimentos especializados em frutos do mar, cafés espalhados pela orla e quiosques com todo o tipo de lanches e petiscos associados a um típico dia de praia. Na praia central da cidade, ladeada por 7 km de calçadão na orla da Avenida Atlântica, há um desfile permanente de gente bonita, famílias em férias, melhor idade e jovens casais.
Se a visita incluir o Parque Unipraias, complexo turístico que liga Balneário Camboriú à praia de Laranjeiras, embarque num dos 47 modernos bondinhos aéreos que levam visitantes “às alturas”. Eles percorrem 3,2 km a uma altura máxima de 240 metros do chão, passando por três estações em meio à Mata Atlântica. A visão, como se pode imaginar, é deslumbrante.
Além das tradicionais maravilhas catarinenses, no alto verão alguns roteiros alternativos arrebanham turistas – e ciclistas – para o interior do estado. Desde 2006, mais de 2,3 mil visitantes já percorreram os 297 km do Circuito Vale Europeu de Cicloturismo, que liga paisagens e sabores de oito pequenos municípios. Como o nome sugere, o percurso une dois prazeres: pedal e turismo, duas atividades em expansão no Brasil.
Segundo Celso Pacheco, diretor da Rota Viagens e Turismo, agência instalada no município de Gaspar, os participantes chegam ao roteiro impulsionados pela paixão de pedalar. “São, na maioria, pessoas acima de 40 anos, de todos as partes do Brasil, que costumam usar muito a bicicleta. Profissionais liberais, aposentados ou funcionários públicos interessados em viver experiências e experimentar as tradições, conhecer a história das comunidades”, define. As saídas são mensais, com percursos de 7 ou 4 dias, e os grupos são formados por 8 a 15 ciclistas, que chegam a andar entre 40km e 50km por dia.
Quando o movimento esquenta em estradas de acesso às praias do estado, uma revoada de bicicletas curiosas se distancia do tumulto e segue para Timbó, de onde darão a largada. No caminho, fotografam, experimentam as frutas da região, descansam em pontos de parada com cachoeiras e lagoas, conhecem trabalhos manuais e compram artesanato feito pela comunidade, visitam fábricas de cristal, e até participam de festas populares (quando o período coincide). “O roteiro mistura história, cicloturismo e tradições. O pacote oferece todo o apoio logístico, hospedagem, monitores e carro de apoio, seguro viagem. O turista só precisa entrar com a bicicleta e o prazer de pedalar e conhecer lugares lindos”, diz Pacheco. Já há saídas programadas para dezembro e janeiro.
O estado tem verões e invernos intensos. Para cada estação, há regiões focadas em diferentes atividades de turismo. Quando os termômetros se aproximam do zero, a vista infinita dos canyons complementam a hospitalidade das pousadas de montanha, transformando a serra catarinense em um lugar de aconchego e paz. Mas além do frio que cobre as paisagens campestres de gelo, um outro atrativo merece destaque em São Joaquim, ao sul estado. Uma cooperativa fundada em 1993 por um grupo de fruticultores produz, atualmente, 34 mil toneladas de maçã a cada safra. Hoje, o estado de Santa Catarina é responsável por 54% da produção nacional da fruta.
81 MOTIVOS PARA VIAJAR PELO BRASIL
Essas e outras atrações de Santa Catarina integram os 81 roteiros estruturados por meio do Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil, do Ministério do Turismo. Esses roteiros contemplam 345 municípios de 113 regiões turísticas do país.
Lançado em 2004, o programa trabalha o desenvolvimento do turismo regional em todo o país e a gestão descentralizada dos destinos. O objetivo é estruturar, diversificar e qualificar a oferta turística brasileira para inserir, de forma competitiva, o produto Brasil no mercado internacional.
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