Os primeiros habitantes de Araruama foram os �ndios Matarunas. Eles vieram para esse local atra�dos pela abund�ncia de sal e freq�entavam a localidade hoje denominada Ponta do Anzol.

Os �ndios Matarunas extra�am o sal, sobretudo como atividade de subsist�ncia, para suprir seu pr�prio consumo.

A hist�ria registra o ano de 1575 como a chegada dos portugueses na regi�o. Nesta ocasi�o, Ant�nio de Salema chefiou uma expedi��o com a finalidade de expulsar os franceses e seus aliados os �ndios Tamoios, do territ�rio de Araruama.

Ant�nio de Salema era o Governador e respons�vel pelo controle de uma extensa faixa de terra que ia de Porto Seguro (BA) at� S�o Vicente. Nessa faixa estava inclu�da uma pequena localidade que foi o primeiro n�cleo de Araruama.

O Rio de Janeiro estava inclu�do na faixa acima citada. Alguns relatos datam de 10 de janeiro de 1799 como o dia de funda��o da Freguesia de S�o Sebasti�o de Araruama, no entanto faltam informa��es mais precisas e, principalmente, documenta��o hist�rica.

Os relatos da �poca se fixam na descri��o das lutas para a expuls�o dos franceses e dos �ndios, j� instalados em Cabo Frio, onde a domina��o portuguesa era constantemente amea�ada. Araruama foi uma localidade subordinada ao munic�pio de Cabo Frio at� 1852 quando ficou subordinada � localidade de Mataruna, como Sede do munic�pio de Saquarema.

 Em 1860, o munic�pio j� se encontrava instalado, tendo sua primeira C�mara Municipal. A C�mara tinha na �poca a fun��o que a Prefeitura tem hoje.

A primeira C�mara governou em car�ter de interinidade. Em 1861, assumiu um novo gabinete. A Coroa Portuguesa possu�a leis garantindo para a metr�pole todo o monop�lio do com�rcio do sal, n�o apenas pelo aspecto financeiro, mas por temer que se o mesmo fosse controlado por nativos poderia se transformar em semente de movimentos emancipacionistas.

Mesmo assim algumas salinas foram criadas e exploradas por particulares, gerando diversos conflitos com os interesses da Coroa Portuguesa, principalmente no governo de Luiz V. Monteiro.

A C�mara Municipal mantinha a "Salina do Povo" com a finalidade de distribuir gratuitamente o sal para o pessoal local. A extra��o do sal foi de vital import�ncia para o desenvolvimento de Araruama, tanto que no bras�o do munic�pio figura um monte de sal cristalizado.

Existem controv�rsias quanto � data do in�cio das edifica��es de Araruama, como n�cleo urbano. Alguns apontam o ano de 1638, mas o monsenhor Pizarro e o professor Cortinas Laxo citam documentos de 1698.

Baseiam-se no fato de ser esta a data de funda��o da capela de Nossa Senhora do Cabo, fundada na Fazenda de Parati, de propriedade de Miguel Riscado, um dos "Sete Capit�es dos Campos".

Os "Sete Capit�es de Campos" foram portugueses que se juntaram � Coroa Portuguesa para combater os franceses durante a 2� invas�o francesa no Brasil. Como recompensa receberam gleba de terra que inclu�a a regi�o onde se situa Araruama. Os outros capit�es doaram as terras aos jesu�tas ou as alugaram a colonos.

Miguel Riscado foi um dos que tomou posse de suas terras.

Em 1857 teve in�cio da constru��o da igreja matriz de S�o Sebasti�o, em terras doadas por alguns importantes propriet�rios tais como Joaquim Ant�nio Figueiredo, comendador Ant�nio Rodrigues do Couto entre outros. A nova matriz por delibera��o do governo provincial, come�ou a ser erigida por uma comiss�o formada pelos cidad�os Joaquim Marinho de Queiroz, (Bar�o de Monte Belo), Jos� Pereira da Costa Vieira, Ant�nio Rodrigues do Couto, Francisco Gomes da Matta, e o vig�rio Jos� Ferreira dos Santos. A constru��o foi conclu�da em 1866 e a matriz teve o seu funcionamento autorizado em 1867.

O decl�nio da agricultura cafeeira no Estado do Rio de Janeiro provocou profundas altera��es na economia de Araruama. A cultura da cana-de-a��car que j� existia anteriormente teve um novo impulso. Outras culturas surgiram, diversificando a economia da cidade.

Fonte: TurisRio - https://www.turisrio.rj.gov.br