BÚZIOS |
José Conde da Rocha |
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Em 1501, a terra dos índios Tamoios é ocupada por portugueses, jesuítas e proprietários locais, que juntamente com os índios e os escravos defendiam, nem sempre com sucesso, Búzios dessas invasões. Entre 1700 e 1740, com a fixação dos primeiros em torno da fazenda Campos Novos, iniciou-se na enseada de Búzios, hoje Praia dos Ossos, a exploração da pesca das baleias. Elas vinham do Sul procriar regularmente em julho e outubro de cada ano e uma armação de pescadores de baleias ocupou a região durante todo o século XVIII sob as ordens do Visconde Brás de Pina. Esse comendador português, por ter conseguido salvar um carregamento de escravos mandou construir ali em 1743 a Capela de Santana. O entreposto das baleias foi felizmente desativado em 1767 devido a conseqüente escassez do animal; por conta dessa atividade há afirmações de que Búzios se chamava Armações das Baleias. Ao longo do século XVIII e até o final do século XIX, o tráfico de escravos africanos aumentou consideralvemente e Búzios funcionou como porto secreto para desembarque de negros destinados ao mercado do Rio de Janeiro, mesmo depois da Abolição; em Raza - em uma aldeia isolada perto de Cabo Frio, foi fundado por escravos fugidos de grandes fazendas de cana-de-açucar, um quilombo. Até 1950, a península continua como pequena aldeia de pescadores. A partir da década de 60, depois das férias de Brigitte Bardot em praias buzianas, o local passou a ser divulgado e cobiçado na Europa e no mundo, desta vez como mercadoria turística de altíssimo valor, de acordo com o mais novo repertório das demandas modernas. O nome Búzios deriva de um tipo de concha que era encontrada em grande quantidade nas suas praias. Fonte: TurisRio - https://www.turisrio.rj.gov.br |
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Búzios, a 13 km. |