Há algumas semanas o Fernando Saraiva, um grande amigo e freqüentador do meu fotolog (/www.fotolog.net/andredecourt) me ligou empolgado, dizendo que um dos vendedores que fornece para sua loja tinha uma coleção de fotos antigas do Rio. Foram de seu sogro, fotógrafo de uma gráfica.
Me interessei e marquei para ver as fotos. Galera, que surpresa. O acervo era composto por provas de 15 famosos cartões postais da cidade, no final dos anos 10, já em papel cartão. Eram maiores que os postais e com imagens manipuladas por aerógrafo, legendas duplas, e algumas até erradas.
Escaneadas, deram imagens de alto padrão. Numa delas pude ver até a nossa primeira casa em Copacabana, na esquina da Rua Constante Ramos com Av. N.S. de Copacabana, casa essa da qual nunca tivemos fotos.

Vou postar todas, sempre agradecendo ao Sr. Carlos Cattoi por democratizar suas fotos que estão na sua família há 70 anos!.
Hoje eu coloco a que mais me emocionou.Pena que, pelo tamanho da foto que aparecerá aqui, vocês não verão nem um quarto do que eu vejo com alta resolução.

Foto tirada do morro do Pavãozinho, em direção ao Leme. A rua que aparece diagonalmente, à esquerda da foto, é a rua Leopoldo Miquez, nos quarteirões entre a Barão de Ipanema e a Constante Ramos, ainda sem nenhum dos oitis que a arborizam. Fora os 5 andares do hotel Londres, na praia não há ainda nenhum edifício construído no bairro. Nem as obras do Copacabana Pálace começaram.

No meio dessas casas está a primeira da minha família nesse bairro.

A foto deve ter sido tirada entre 1918-1919. A nossa casa ficava na esquina da Constante Ramos com a Av. N.S. Copacabana. É fácil achá-la. É só seguir a primeira rua em diagonal, à esquerda, que é a Leopoldo Miguez, até seu final, que é na Constante Ramos, e ir até a esquina. Nossa casa é uma bem quadrada e que tem uma grande área coberta no fundo, onde era a garagem, e uma lavanderia que meu bisavô franqueava o uso aos vizinhos. A casa tinha muita água, certamente devia ter um caixa grande ou um poço artesiano, o que eu acho difícil.

Nessa época ainda não era nossa. Minha família ainda morava no Vale o Paraíba, chegando no Rio em 1924.

André Decourt

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