A
Amendoeira
Maria Angélica Monnerat Alves
Alta e soberana, ela se impõe.
O tronco se subdivide em dois outros: deles, partem galhos, em estágios
simétricos, de circunferência decrescente, para atingir a forma ideal.
A pujança se confirma pelos brotos em sua base. A persistência, no renascer
anual.
Na primavera, o emergir da latência. A perfeição estética aliada à sombra benfazeja,
no verão.
Eu a prefiro no outono, sinfonia em sépia. Tons castanhos, dourados, em vários
matizes, colorindo suas folhas caídas
no chão, tapete flamejante!
E, no final, a dignidade na nudez! E o recomeço, o re-nascer, qual fênix que nos
induz a ter esperança no Amanhã!
(OBS: Esta árvore fica no estacionamento de visitantes do Hospital Central de
Aeronáutica, no bairro do Rio Comprido)
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