Eu tinha medo de aviões.
Este ano, finalmente, me libertei.
Na viagem para Natal, olho pela janela e, subitamente, compreendo, extasiada:
AQUELE É O RIO SÃO FRANCISCO!
Logo depois, novo sabor para minhas retinas: floquinhos de nuvens que deixam "entreaparecer" os campos cultivados, magníficos, qual colcha de retalhos.
Ou então, é o mar... consigo ver ondas que se espraiam na areia!
Ou uma longa rodovia onde se percebe, a custo, um pequeno ponto que se desloca, célere... um carro.. (quem vai ali dentro? é feliz? para
onde vai?)
Este jogo de micro-macro me deslumbra e faz repensar os parâmetros que, nós mesmos (nossos maiores algozes), nos impomos.
Dali de cima, tudo assume uma relatividade espantosa, a nos alertar, talvez, para os verdadeiros valores da vida.
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