QUATRO CANTOS

Maria Ang�lica Monnerat Alves

Recebo o convite. Fraterno. Um amigo lan�a mais um livro.

Fertilidade � a palavra que surge em minha mente.
Escrever... Legar, atrav�s do papel, suas id�ias. Seme�-las. Compartilh�-las!

No momento em que s�o entregues ao p�blico, perdemo-las. Escapam ao nosso controle, cidad�s do mundo. Nost�lgico seria, se gratificante n�o fosse.

Divago.
O que gera um livro?
Recorda��o, foto, imagem na televis�o, cr�nica, m�sica, sonho?
Gesto, cotidiano, flor, crian�a, chuva, nascer do sol?
Ou nada disto?

A partir desta centelha m�gica, a cria��o que germina...
Decis�o tomada, meandros desenovelados, insones noites, a palavra certa, a id�ia concatenada, inseguran�a e, finalmente, o prazer, supremo, de consider�-lo PRONTO! A plenitude deste parto, desta catarse!

Considero cada autor uma esp�cie de her�i, na medida em que se exp�e, destemido, oferecendo ao mundo o que o ser humano tem de mais precioso: a sua fr�gil individualidade.

(para Wanderlino Teixeira Leite Netto)

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06-jun-2008