Minhas plantas, na sacada... Impropriamente chamada de varanda, mas que, aos olhos do meu cora��o, tem a mesma imensid�o de Giverny...
Adoro olh�-las de manh�, conferir sua sa�de, reg�-las, arrancar as folhas murchas e deix�-las no pr�prio vaso, tentando ser natureza (pobre de mim!) e recriar o humus. De tempos em tempos, borrifar inseticida, que eu mesma preparo!
Os bulbos do l�rio est�o em lat�ncia na geladeira, conforme instru��es. Aguardarei, ansiosa, a primeira nova flor...
O alfinete j� me ofertou bolinhas verdes de sementes que se tornam vermelhas, depois vinho. E que murcham e se abrem, negras, oferecendo-se � terra num ritual m�gico, para g�udio das ass�duas caturritas.
Floresce, outra vez, o bougainville!
Outro dia, a r�fis me surpreendeu: junto � borda do vaso, uma folha t�mida
desponta... brindo mentalmente...
E aquela flor de hibisco que a D�bora me deu, colhida no caminho para aula de nata��o? Tentei enraizar, sem grandes esperan�as e ela, contradizendo-me, surgiu, vi�osa, quase arbusto.
E a �rvore da felicidade, que exalava um cheirinho especial ao me ver? Juro!
E a Teimosa que continua, teimosamente, a crescer?
E a orqu�dea, em compasso de espera? E os trevos roxos... e suas flores? E o rabinho de
gato? E as mini-rosas?
Meu amor pelas plantas vem de longe, desde que eu me apaixonei, aos dois anos, pelos trevos de quatro folhas e pela m�sica que deles falava, nas ruas da cidade do meu pai...
Me vem, ent�o, � mem�ria, o livro "A linguagem das flores", oferecido por meu av� Ernesto a sua amada, em tempos de conquista...
E compreendo, subitamente:
ESTE FILTRO M�GICO ME SEDUZIU POR TABELA!
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